Toda reeducação da linguagem recorre a meios pedagógicos e métodos de aprendizagem próprios à aquisição de uma língua: estes meios e métodos devem ser adaptados aos distúrbios afásicos propriamente ditos, e ao paciente. A discussão dos exercícios construídos a partir destes meios e métodos constitui o objeto de amenizar os sintomas da patologia. Para isso precisamos de um repertório de exercícios, modelos que podemos criar e ser adaptados a uma dada situação patológica.
Além disso, na reeducação, devemos considerar os vínculos que unem o paciente, as características de sua afasia (de caso para caso e no mesmo paciente) e o repertório dos exercícios – compreender o afásico para adaptar os exercícios em função da recuperação dos distúrbios e para utilizá-la melhor forma a personalidade do indivíduo, nenhum caso é exatamente igual ao outro.
A reeducação deve ser vivenciada e repensada em função do paciente. Deve-se considerar também a modéstia dos resultados obtidos pela reeducação.
Além disso, na reeducação, devemos considerar os vínculos que unem o paciente, as características de sua afasia (de caso para caso e no mesmo paciente) e o repertório dos exercícios – compreender o afásico para adaptar os exercícios em função da recuperação dos distúrbios e para utilizá-la melhor forma a personalidade do indivíduo, nenhum caso é exatamente igual ao outro.
A reeducação deve ser vivenciada e repensada em função do paciente. Deve-se considerar também a modéstia dos resultados obtidos pela reeducação.
A Intervenção: Exame, Diagnóstico e conduta
O exame neurológico aprofundado sempre procede à própria intervenção, complementado com uma investigação psicológica. Havendo também uma correlação entre as possibilidades de recuperação da linguagem e o nível operatório. Na medida do possível, as capacidades intelectuais devem ser avaliadas.
Uma síntese confrontando os resultados do exame neurológico, as conclusões dos psicólogos e os resultados fonoaudiólogos, num trabalho de equipe, chega-se a um diagnóstico e a uma conduta no que se refere a uma eventual aceitação do caso. Deste modo, tem-se um prontuário completo no qual serão registrados os diferentes elementos obtidos antes da reeducação. Este prontuário será complementado por controles regulares durante o tratamento.
Fatores associados à linguagem propriamente dita, devem ser levadas em conta: sinais neurológicos, apraxias, agnosias, comprometimento psicológico, nível intelectual, contexto sociocultural, meio familiar, profissão anterior, idade e sexo do paciente.
Estes elementos, provenientes de uma análise minuciosa, levam também em certos casos, a se renunciar a realização de uma reeducação ou adiá-la.
Afasia total (até dois exames), se coincidirem, não poderá se considerar a possibilidade da reeducação.
Comprometimento mais Difuso: presença de sinais na área pré-frontal (reflexo tátil proprosceptivo, reflexo oral). Quando comprometer todas as modalidades da linguagem.
Agnosia Auditiva – perdem o controle auditivo de sua própria emissão verbal, como também são incapazes de diferenciar os sons da linguagem que eles ouvem. Entretanto, pode regredir num período mais ou menos longo.
Intervenção: Correspondência visuográfica por meio dos exercícios de percepção aos símbolos gráficos e gestuais correspondentes aos sons emitidos.
Uma síntese confrontando os resultados do exame neurológico, as conclusões dos psicólogos e os resultados fonoaudiólogos, num trabalho de equipe, chega-se a um diagnóstico e a uma conduta no que se refere a uma eventual aceitação do caso. Deste modo, tem-se um prontuário completo no qual serão registrados os diferentes elementos obtidos antes da reeducação. Este prontuário será complementado por controles regulares durante o tratamento.
Fatores associados à linguagem propriamente dita, devem ser levadas em conta: sinais neurológicos, apraxias, agnosias, comprometimento psicológico, nível intelectual, contexto sociocultural, meio familiar, profissão anterior, idade e sexo do paciente.
Estes elementos, provenientes de uma análise minuciosa, levam também em certos casos, a se renunciar a realização de uma reeducação ou adiá-la.
Afasia total (até dois exames), se coincidirem, não poderá se considerar a possibilidade da reeducação.
Comprometimento mais Difuso: presença de sinais na área pré-frontal (reflexo tátil proprosceptivo, reflexo oral). Quando comprometer todas as modalidades da linguagem.
Agnosia Auditiva – perdem o controle auditivo de sua própria emissão verbal, como também são incapazes de diferenciar os sons da linguagem que eles ouvem. Entretanto, pode regredir num período mais ou menos longo.
Intervenção: Correspondência visuográfica por meio dos exercícios de percepção aos símbolos gráficos e gestuais correspondentes aos sons emitidos.
Afasias pós-traumáticas: exigem um tempo de latência mais ou menos longa, durante o qual o paciente será revisto para se acompanhar a sua evolução. Observa-se uma regressão espontânea, pelo menos parcial, à medida que o paciente emerge do coma ou de um período de confusão mais ou menos grave.
Esperar o momento oportuno para que os exercícios sejam feitos.
Esperar o momento oportuno para que os exercícios sejam feitos.
Reeducação:os afásicos “souberam falar” Como?
Objetivo: Restituir ao “paciente”, através da arte, o gosto pela aprendizagem escolar. Para isto devemos saber, tanto renunciar ao perfeccionismo, como enriquecer nossa própria linguagem para nos situarmos no mesmo nível que nossos pacientes e variar cada uma de nossa reeducação em função das necessidades e hábitos socioculturais dos pacientes.
Materiais utilizados: Vocabulário e Imagens
Materiais utilizados: Vocabulário e Imagens
- Palavras cruzadas, exercícios de percepção visual, imagens de catálogos, calendários, anúncios publicitários, caderno de exercícios mimeografados (dos mais simples aos mais complicados)
- Exercícios modelos;
Métodos audiovisuais: projetos de imagens que possam permanecer diante dos olhos do ou dos pacientes, tempo suficiente para serem aprendidos. O texto deve ser relido duas ou três vezes, lentamente, e repetido. Parando-se numa determinada imagem, são feitas numerosas perguntas e desenvolve-se o vocabulário.
Afasia de Broca (Expressão)
Distúrbios de articulação a base de uma apraxia bucolinguofacial;
Redução da linguagem
Redução da linguagem
Reeducação
1º) Linguagem:
- O esboço oral de letras do alfabeto - em silêncio ou vocalizado -, não precisando necessariamente, seguir a ordem alfabética.
Ex. o reeducador de frente do paciente, esboça a articulação exagerada do som desejado - lábios bem contraídos para o “p”, boca amplamente aberta para o “a”, que ela mantém até que a imitação seja possível.
- O contexto: com ou sem esboço oral.
Desta forma, podem ser obtidas, essencialmente as palavras que se situam no fim da frase: “no lago”, passeamos de ______ (barco); no outono, as folhas ______ (caem); atenção, este cachorro é _____ (bravo).
- A palavra escrita: quando a leitura está relativamente bem conservada, este é um meio de facilitação freqüentemente eficaz – sem ou com esboço oral e do contexto – apresenta uma imagem de cachimbo, por exemplo, e verbaliza-se: “ele fuma _______, esboçando-se o "C” e apresentando ao mesmo tempo a palavra escrita:
- O esboço oral de letras do alfabeto - em silêncio ou vocalizado -, não precisando necessariamente, seguir a ordem alfabética.
Ex. o reeducador de frente do paciente, esboça a articulação exagerada do som desejado - lábios bem contraídos para o “p”, boca amplamente aberta para o “a”, que ela mantém até que a imitação seja possível.
- O contexto: com ou sem esboço oral.
Desta forma, podem ser obtidas, essencialmente as palavras que se situam no fim da frase: “no lago”, passeamos de ______ (barco); no outono, as folhas ______ (caem); atenção, este cachorro é _____ (bravo).
- A palavra escrita: quando a leitura está relativamente bem conservada, este é um meio de facilitação freqüentemente eficaz – sem ou com esboço oral e do contexto – apresenta uma imagem de cachimbo, por exemplo, e verbaliza-se: “ele fuma _______, esboçando-se o "C” e apresentando ao mesmo tempo a palavra escrita:
2º) Articulação:
Diante de um espelho e de maneira exagerada:
Bochechos: Inflar e murchar as bochechas
Boca: Abrir e fechar a boca (tempo).
Boca: Abrir e fechar a boca (tempo).
Lábios:
- Esticar os lábios e contraí-los (pronúncia do I e U)
- Colocar os lábios para dentro
- Morder ligeiramente o lábio inferior.
Língua:
- Língua para fora e para dentro (lento e depois mais rápido)
- Colocá-la alternadamente no lábio superior e depois no inferior
- Nos dentes superiores apoiando-a fortemente (frente)
- Nos dentes inferiores.
Respiração:
- Inspirar pelo nariz e expirar pela boca (ao contrário...)
- Assoprar suavemente uma vela, deslocando a chama sem apagá-la, o máximo de tempo que puder;
- Agora assopre o mais forte que puder apagando a vela de uma só vez.
Ruídos:
- Estalar a língua
- Chamar um gato
- Ruído de um beijo
Alternando: T - estalar a língua
Mímica: Expressões faciais
- Raiva
- Espanto
- Alegria
- Ameaça
Voz: Pronunciar uma vogal, uma sílaba, durante o maior tempo possível, emitindo-a no mesmo tom:
a)Emitir a vogal – à sua escolha - numa altura média;
b)Aumentando e diminuindo (crescendo – diminuindo);
b)Aumentando e diminuindo (crescendo – diminuindo);
c) Passando de uma 1ª vogal para uma 2ª e para uma 3ª numa só emissão de voz cantante – escolha as vogais, invente o som e o ritmo:
Io canto
Io canto
Io canto
Io canto
A O I E É (É) | U Ã ON EM UM (crie outros exemplos).
Considerações Finais
Deve ficar claro que qualquer perfeccionismo precisa ser evitado. O objetivo é restabelecer uma comunicação verbal suficiente para que o afásico se faça compreender:
-Não acumular dificuldades, mas reduzi-la na medida do possível, (cada caso é um caso).
Deve levar-se em conta:
-Não acumular dificuldades, mas reduzi-la na medida do possível, (cada caso é um caso).
Deve levar-se em conta:
- As dificuldades que o paciente experimenta para vencer seu distúrbio (diversificação de exercícios);
- Sua motivação para o trabalho de reeducação (alguns são resistentes a exercícios articulatórios).
- As reações de seu meio próximo e mais amplo (consegue fazer-se compreendido em casa, na loja, no restaurante, no correio, pelo fone...)
Se a comunicação estiver assegurada, os exercícios articulatórios propriamente ditos serão abandonados em proveito dos exercícios que visam a enriquecer a linguagem, quando se continuará a trabalhar a articulação.
Todavia, quando esta estiver atingindo um nível satisfatório, ainda será útil, e até indispensável, trabalhar a prosódia (articulação, expressão fácil, emoção).
Exercícios:
Executados de maneira relaxada (música de fundo).
- Obter-se sem relaxamento do aparelho bucofonatório.
- Exagerar a “canção da linguagem”, emitindo a frase em curtas sentenças – numa só emissão de voz, que serão ditas muito suavemente, de modo a dar à voz seu registro normal e a obter uma elocução verbal menos tensa e menos entrecortada do que a geralmente observada nos distúrbio de articulação.
Servir-se de um pequeno poema, onde os versos já estão divididos em sentenças indicados, por meio de uma curva sinusóide, as modulações da voz.
Exemplo (foram usadas algumas palavras - as coloridas - do domínio da criança):
Poema
A menina bonita,
De olhar sereno,
Vê pela janela
passarinhos voando...
A beleza das matas e
o azul celeste:
Trazem encantamento
aos seus olhos verdes.
(Autora: Maria Carvalho - 28/09/2004)
- Ler um diálogo, acentuando-se a prosódia das perguntas e respostas.
Exemplo (foram usadas algumas palavras - as coloridas - do domínio da criança):
Poema
A menina bonita,
De olhar sereno,
Vê pela janela
passarinhos voando...
A beleza das matas e
o azul celeste:
Trazem encantamento
aos seus olhos verdes.
(Autora: Maria Carvalho - 28/09/2004)
- Ler um diálogo, acentuando-se a prosódia das perguntas e respostas.
- Recorrer ao gravador, registrando a velocidade adquirida pelo paciente num pequeno texto que ele ouvirá novamente em casa e relerá, em seguida, com a melhor prosódia possível.
Fonte: http://www.psicopedagoga.org
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