Porém é preciso entender o canto de Armstrong como sendo mais uma faceta de seu talento, que já se manifestava em algum grau desde os anos 20. Com uma voz singular e sem paralelo na história da música - embora se tenha freqüentemente tentado imitá-la - Armstrong era um grande cantor. O timbre rouco e grave teria sido considerado esdrúxulo em qualquer outro contexto, porém para o jazz se mostrava um instrumento admirável. A entonação aparentemente “preguiçosa” escondia um timing perfeito e um senso rítmico impecável, que dava a cada frase o recorte perfeito. Uma outra característica única da voz de Armstrong era a maneira pela qual ele mantinha o vibrato mesmo nas consoantes finais das palavras (“ar-r-r-r-r”, “is-z-z-z-z”, etc). Finalmente, deve-se destacar que ele era um cantor imensamente expressivo, que valorizava cada verso da letra na medida exata.
Um de meus cantores preferidos. É uma lenda. Uma perfeição de voz e de expressividade!
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