A PERDA AUDITIVA - PROBLEMAS DE AUDIÇÃO


Geralmente associamos perdas auditivas a pessoas com idade avançada. Embora o processo natural de envelhecimento (presbiacusia) seja a causa mais comum de perdas auditivas, existem muitas outras causas além do fator idade, tais como: fatores hereditários, genéticos, infecciosos, exposição a intensidades sonoras acima das recomendadas, tumores, traumatismos cranianos, uso de medicações ototóxicas, contato com agrotóxicos e outros componentes químicos.
A perda auditiva pode interferir de forma significativa na vida de uma pessoa. A dificuldade de comunicação pode interferir nas relações interpessoais e na vida profissional, o que muitas vezes reflete no estado emocional do indivíduo.
Além da própria dificuldade auditiva, muitas vezes é preciso lidar com a discriminação e a falta de conhecimento acerca do problema por parte das pessoas com quem convive. Em geral as pessoas não tem paciência para se comunicar com quem tem dificuldade para ouvir, não tomam o cuidado de pronunciar as palavras com clareza, falar direcionando o rosto para a pessoa, repetir quando necessário sem se alterar ou reclamar.
Todos nós apresentamos dificuldades e limitações em algum setor de nossas vidas, alguns para ver, outros para ouvir, falar, escrever ou mesmo dançar. Assim sendo, o que realmente importa é enxergar as pessoas além de suas limitações, respeitando as diferenças que fazem parte da humanidade.
A perda auditiva é um problema que afeta a vida de milhões de pessoas. No entanto, este problema pode ser resolvido ou minimizado na grande maioria dos casos.

TIPOS DE PERDA AUDITIVA
As perdas auditivas são classificadas em três categorias:

  • Perda condutiva: causada por uma diminuição da transmissão de energia sonora, decorrente de problemas no ouvido externo e/ou médio. As perdas auditivas condutivas podem ser causadas por uma grande formação de cerúmen (cera), infecções, perfurações (furos) no tímpano, fixação dos ossículos, impedindo-os de vibrar, ou fatores genéticos. Este tipo de perda pode frequentemente ser tratada com intervenção médica. O uso de aparelhos auditivos também traz grandes benefícios uma vez que possibilita um aumento da energia sonora amplificando os sons em níveis satisfatórios proporcionando melhor audibilidade da fala.
  • Perda sensorioneural: causada pela deterioração das células ciliadas internas, na cóclea, e/ou do nervo auditivo, o que impede que a informação sonora chegue até ao cérebro. Este tipo de perda auditiva pode ser consequência de um processo natural de envelhecimento do organismo, síndromes genéticas, infecções como a meningite e sarampo e uso de medicações ototóxicas, como alguns antibióticos.O consumo de álcool ou drogas no período gestacional, pode ocasionar problemas auditivos ao bebê. Perdas sensoriais revelam-se também como resultado de exposições prolongadas a níveis de intensidade sonora elevada (trauma acústico), níveis esses que geralmente podem e devem ser evitados! É comum a presença de zumbidos e sensibilidade a sons muito fortes.  A maioria das perdas auditivas estão dentro desta categoria e dificilmente podem ser tratadas, mas o uso de aparelhos auditivos tem se mostrado um excelente aliado, uma vez que um bom aparelho proporciona amplificação necessária dos sons de forma seletiva sem causar desconforto na presença de sons fortes. Ajuda na discriminação dos sons da fala e pode diminuir a percepção dos incomôdos zumbidos.
  • Perda mista: É a combinação dos problemas condutivos e neurossensoriais. Pessoas com perda auditiva mista também são capazes de se beneficiar de aparelhos auditivos.
Observação : Os benefícios proporcionados pelo uso de aparelhos auditivos vão depender do grau da perda auditiva e dos recursos que cada modelo oferece. Uma adequada indicação às necessidades é fundamental, por isso procure um audiologista.

GRAUS DA PERDA AUDITIVA
As perdas auditivas podem também ser classificadas pelo seu grau de gravidade em perda leve, moderada, severa e profunda. O grau de severidade é determinado pelo nível de intensidade sonora mínimo que alguém pode ouvir sem a ajuda de um aparelho auditivo.

  • Perda leve: Dificuldade em perceber sons suaves, voz distante e compreender a fala com clareza em ambientes com ruído.

  • Perda moderada: Dificuldade considerável para compreender a fala, principalmente em conversas em grupo e na presença de ruído de fundo; não é possível ouvir sons suaves.
  • Perda severa: Pessoas com este grau de perda auditiva conseguem ouvir apenas sons fortes a distâncias muito pequenas, a comunicação sem o aparelho auditivo é impossível;
  • Perda profunda: Alguns sons extremamente fortes são audíveis, mas não é possível se comunicar sem o uso de aparelho auditivo.O termo surdo aplica-se normalmente a pessoas que sofrem perdas deste grau ou pessoas que não ouvem absolutamente nada.

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