Os pólipos das pregas vocais são lesões de massa geralmente unilaterais, podendo ser sésseis ou pediculados, de tamanhos e coloração variados. Podem ocorrer em diferentes regiões da prega vocal, mas usualmente em sua metade anterior.
- Pólipos sésseis são de base alargada e com grande aderência na prega vocal;
- Pólipos pediculados são conectados à prega vocal por um estreito filamento de mucosa, podendo portanto, apresentar ampla movimentação durante a respiração deslocando-se para a supraglote durante a fonação.
INCIDÊNCIA: Pólipos são lesões mais frequentes em adultos do sexo masculino, entre 35 e 45 anos de idade.
FATORES CAUSAIS: A gênese do pólipo é definida a partir de um pequeno traumatismo, que pode ser fonatório ou não, como na presença de refluxo gastresofágico.
Um evento único como um grito, pode ser causal de um pólipo; porém outros processos irritativos, como a aspiração de substâncias químicas agressivas ou ainda atividades respiratórias intensas, como o esforço utilizado para tocar instrumentos de sopro, podem estar envolvidos na gênese desta lesão. O fumo e o álcool são fatores agravantes.
CARACTERÍSTICAS VOCAIS :
- Os pacientes com pólipos apresentam uma rouquidão característica, com soprosidade variável.
- A presença de aspereza na qualidade vocal não é comum e reforça a suspeita de uma alteração estrutural mínima, o que deve direcionar nossa atenção para a prega vocal contralateral.
- Incoordenação pneumofônica e dificuldades na variação de intensidade e na região das frequências mais elevadas são características vocais comuns.
- Os pacientes podem referir sensação de corpo estranho na garganta.
CONDUTA : O tratamento dos pólipos das pregas vocais é quase sempre cirúrgicos.
A terapia vocal pré-cirúrgica, de curta duração, com orientações quanto à higiene vocal, pode auxiliar na regressão do edema do pólipo, reduzindo-se a área da intervenção cirúrgica. Após a remoção cirúrgica, se não for observada a normalização da voz em 15 dias, fica indicada a reabilitação vocal, geralmente de curta duração.
PROGNÓSTICO: É bom e a voz habitual é rapidamente recuperada.
FONTE CONSULTADA: BEHLAU, M–VOZ: O livro do especialista. V.1 Cap 5 Pag. 306-309. Rio de Janeiro: Revinter, 2001
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